Cranioestenose ou Craniossinostose
Classificação das cranioestenoses conforme a sutura acometida:
O que é?
O crânio não é formado por um osso único como se fosse um capacete, mas por “placas” ósseas que são unidas entre si por linhas chamadas suturas. As suturas cranianas estão presentes para ajudar na modelagem da cabeça durante o parto e também na modelagem da cabeça em crescimento. Elas funcionam como áreas de expansão que permitem que o cérebro possa crescer dentro da calota craniana. As suturas normalmente se fundem após o término do crescimento do crânio, no entanto, em alguns casos elas se fundem antes do nascimento, provocando alterações na forma da cabeça.
As cranioestenoses ou craniossinostoses são caracterizadas pela fusão prematura de uma ou mais suturas cranianas, tendo como consequência uma deformação do crânio e podem ser responsáveis por um conflito de crescimento entre o crânio e o encéfalo, que resulta por vezes em uma hipertensão intracraniana crônica. Esse conflito pode deixar sequelas, notadamente visuais e mentais.
As principais suturas cranianas são: a sutura sagital, as suturas coronais, a sutura metópica e as suturas lambdóides.
É importante salientar que a simples alteração da forma do crânio não caracteriza uma cranioestenose. Na realidade, a principal causa de deformação do crânio está relacionada a forças de compressão externa, muitas vezes associadas a uma posição viciosa do bebê no leito. Esta alteração é conhecida como plagiocefalia posicional, discutida em outra seção, em que ocorre uma deformação do crânio, mas as suturas cranianas se encontram abertas.
É importante salientar que a simples alteração da forma do crânio não caracteriza uma cranioestenose. Na realidade, a principal causa de deformação do crânio está relacionada a forças de compressão externa, muitas vezes associadas a uma posição viciosa do bebê no leito. Esta alteração é conhecida como plagiocefalia posicional, discutida em outra seção, em que ocorre uma deformação do crânio, mas as suturas cranianas se encontram abertas.
Alguns estudos mostram uma taxa mais alta de alterações de desenvolvimento e comportamento em crianças com cranioestenoses, devido a um aumento da pressão intracraniana em um percentual variável de crianças com cranioestenoses não operadas.
A hipertensão intracraniana é mais frequente quando há maior número de suturas acometidas. Além disso, sua frequência aumenta com a idade: na maior parte das cranioestenoses, a hipertensão intracraniana é duas vezes mais frequente após um ano de vida.
A hipertensão intracraniana pode levar a diminuição da acuidade visual como consequência do sofrimento do nervo óptico. Por outro lado, a hipertensão intracraniana pode afetar a perfomance intelectual das crianças com cranioestenoses. Esse acometimento é muitas vezes observado através de pequenos atrasos de desenvolvimento e aprendizado, observados pelos próprios pais, em comparação com crianças da mesma idade.
Braquicefalia
Escafocefalia
Plagiocefalia anterior
Plagiocefalia posicional
A principal causa de alteração na forma do crânio em crianças é a deformidade craniana conhecida como Plagiocefalia Posicional ou Plagiocefalia Deformante. Ela corresponde a um achatamento da região posterior do crânio, ligeiramente mais comum à direita, mas ocasionalmente pode acometer ambos os lados. Esse achatamento craniano decorre de uma pressão contínua sobre o crânio, e se tornou mais frequente após o aconselhamento, em 1992, por parte da Associação Americana de Pediatria para que o bebê fosse posicionado de barriga para cima na hora de dormir, como prevenção da síndrome de morte súbita do recém-nascido.
Trata-se de deformidade relativamente comum que pode estar associada também à prematuridade e ao torcicolo congênito, mas é principalmente relacionada a uma posição viciosa no berço, como dito anteriormente. Faz diagnóstico diferencial com a plagiocefalia posterior verdadeira, na qual uma sutura lambdóide está fusionada.