Esse mês celebramos o movimento Outubro Rosa, que tem como objetivo conscientizar as mulheres sobre o câncer de mama, incentivando-as a fazerem exames para se prevenirem.
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, portanto é importante entender como ocorre a reconstrução mamária – procedimento realizado após a mastectomia.
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O que é mastectomia?
É a cirurgia onde se retira total ou parcialmente a mama, tratando, desse modo, a paciente com câncer.
A retirada parcial é quando apenas uma parte do tecido é removido. Já a total, envolve também músculos e tecidos próximos da região que podem ter sido afetados pelo tumor.
A mastectomia pode ser realizada como modo de prevenção, para diminuir o risco da mulher de desenvolver o câncer de mama.
O que é reconstrução mamária?
Também conhecido como “reconstrução da mama”, esse procedimento visa devolver a auto estima e restaurar a aparência, forma e tamanho dos seios. A cirurgia é feita para quem já realizou a mastectomia – muitas vezes, os dois procedimentos são feitos juntos. Depende do grau do câncer e de quanto tecido foi removido.
A reconstrução tardia também pode ser uma opção se após a cirurgia a paciente precisar realizar sessões de quimioterapia ou radioterapia, ou se não se sentir confiante para fazer os dois procedimentos de uma vez só. Algumas preferem tratar o câncer e se recuperar 100% para após partir para a parte estética.
A cirurgia pode durar de 2 a 5 horas, dependendo de cada situação e reconstrução. Algumas são mais simples, envolvendo apenas a inserção de próteses de silicone, enquanto outras incluem remoção de tecidos de outras partes do corpo.
A recuperação pode levar de 30 a 60 dias.
Os tipos de reconstrução
- Silicone: Esse método é recomendado quando não houve grande quantidade de pele removida, e há vários formatos e texturas como opção.
- Expansor: Quando houve grande quantidade de pele removida. Nesse caso, não resta muita gordura e pele, então um expansor é inserido até ser preenchido aos poucos. No momento em que a mama adquire o volume desejado, o expansor é removido e então a prótese de silicone é inserida.
- Retalho: Método realizado para quem perdeu muita pele, tecido e possivelmente o mamilo e a aréola. Nessa cirurgia, é retirado um tecido de outra parte do corpo (abdômen, costas) para ser feita a reconstrução da mama. Como nesse caso é a própria pele da paciente que vai ser utilizada na cirurgia, ela refletirá as mudanças do corpo de modo mais fiel – seja ganho/perda de peso e idade.
Há três possibilidades da cirurgia com retalhos:
- Retalho livre (DIEP e S-GAP): Utiliza os tecidos da região do abdômen e até mesmo das nádegas, onde são transferidos para a área das mamas. É um procedimento mais delicado e demorado.
- Retalho do Músculo Dorsal: Nesse caso é retirado o tecido das costas, normalmente do lado da mama a ser reconstruída. É recomendado para quem não pode, por alguma razão médica, ter tecido retirado de alguma outra região.
- Retalho do Músculo Abdominal Transverso (TRAM): A escolha mais comum entre os médicos. Através de um túnel, o tecido e a gordura do abdômen são inseridos sob a pele, na região da mama. É feito dessa forma para manter a vascularização do músculo.
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Outra técnica que tem devolvido a autoestima das mulheres que realizaram a mastectomia é a reconstrução da aréola e mamilo com a dermopigmentação. Ela é mais duradoura do que a tatuagem e a micropigmentação. Os resultados são impressionantes, graças às tecnologias e os pigmentos de qualidade hoje disponíveis no mercado.
Esse procedimento, assim como os outros, também precisa de indicação e orientação médica. A dermopigmentação pode durar entre 2 a 3 horas, às vezes sendo necessárias outras sessões. Vai depender do tipo da pele, do resultado esperado e dos cuidados após essa reconstrução.
Além disso, a dermopigmentação também é capaz de melhorar os aspectos das cicatrizes da reconstrução mamária, o que traz satisfação e alegria para as pacientes.
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O resultado final da reconstrução da mama
Cada situação é particular e vai depender de como foi a cirurgia para a retirada do câncer, a plástica e a recuperação. Normalmente, o resultado é satisfatório e pode aumentar a autoestima da paciente em questão. Como qualquer cirurgia nos seios, haverá cicatrizes – algumas sutis, outras mais evidentes -, e isso varia de acordo com a quantidade de tecido retirado. Lembre-se: cada corpo se recupera de uma forma, portanto converse com seu médico e fique atenta às possibilidades da cirurgia.
Mesmo quem não tem condições de pagar pelo procedimento, pode realizá-lo através do Sistema Único de Saúde (SUS), já que é um direito garantido pela lei 12.802/2013. Se a paciente não puder, por razões médicas, realizar a reconstrução da mama imediatamente, pode fazê-la após, assim que tiver a autorização de um médico e as condições necessárias para se submeter a uma nova cirurgia.
Lembrando que se a paciente optar pela reconstrução imediata, deve solicitá-la ao SUS e aos planos de saúde antes de realizar o procedimento da mastectomia.
O câncer de mama, se diagnosticado a tempo, pode, na maioria dos casos, garantir e aumentar as chances de tratamento, recuperação e cura. O SUS oferece gratuitamente o exame da mamografia, para todas as mulheres, em qualquer faixa etária (lembrando que de 50 a 69 anos é recomendado realizar o exame de rastreamento a cada dois anos, no mínimo).
Você tem mais alguma dúvida sobre a reconstrução mamária? Compartilhe conosco comentários!