Segundo dados do Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Organização Mundial da Saúde, a alimentação do bebê deve ser exclusivamente de leite materno até os seis meses de idade. Após esse período, indica-se alternar com papinhas, sucos e outros alimentos.
Muito mais do que prover a alimentação do filho, a amamentação também é um laço entre a mãe e o bebê. E esse é o motivo pelo qual, muitas vezes, as mulheres têm dificuldades de fazer o desmame. Por isso surge a dúvida: qual é a hora certa de desmamar?
Vale lembrar que isso vai depender de cada criança e também do tipo de relacionamento que a mesma tem com a mãe. Uma amamentação muito tardia pode atrapalhar esse relacionamento e até mesmo o desenvolvimento do bebê, pois ambos se tornam muito dependentes um do outro. Sendo assim, muitas vezes a mãe precisa de acompanhamento psicológico para realizar o desmame.
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Mas com as dicas que separei nesse post, você se sentirá mais segura para fazer o desmame da melhor forma possível, tanto para você quanto para o seu bebê. Leia e confira.
Benefícios do leite materno para o bebê
- Fortalece o sistema imunológico;
- Ajuda a prevenir alergias;
- Pode evitar diabetes, câncer, obesidade e doenças respiratórias;
- Facilita a digestão, fazendo com que o bebê absorva melhor os nutrientes;
- Reduz cólicas;
- Evita diarreia;
- Desenvolve o sistema nervoso.
Os sinais mais comuns que o bebê pode apresentar quando já não precisa mais do leite materno são o de não sugar o leite diretamente e, em vez disso, agir como se estivesse com uma chupeta na boca e também se distrair facilmente com outras coisas enquanto está mamando.
Se esse é o caso do seu bebê, preste atenção! Já é hora de começar a fazer o teste: não negue a amamentação, mas também não ofereça. Comece a tentar alternar o leite materno com papinhas e mamadeira, e observe como seu filho reage a esse novo modo de alimentação.
Outro fator que deve ser decisivo na hora de optar pelo desmamar é a rotina da mãe: se precisa trabalhar, se não está conseguindo mais dormir por conta das noites que fica em claro amamentando…
Lembre-se: ninguém deve te dizer o que fazer, é você e o seu bebê que devem escolher a hora de parar.
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Como começar?
Para o bebê, a amamentação também é uma forma de pedir atenção, amor e carinho. Desse modo, nessa transição, é muito importante fazê-lo entender a diferença entre a hora de se alimentar e a hora de se conectar com a mãe.
Uma maneira de fazer isso é conversando com o bebê e explicando. Pode parecer que eles não vão entender nada, mas vários especialistas recomendam essa tática e garantem que o bebê compreende muito mais do que pensamos.
Depois de isso feito, comece a intercalar o peito e a mamadeira, dessa forma o bebê começa a se habituar. Introduzir papinhas e sucos também pode ajudar. Se a criança chorar e se recusar, não entre em pânico. Tente oferecer água e muito, muito carinho. É tudo sobre adaptação e o bebê precisa de tempo para entender a diferença entre alimentação X conexão com a mãe.
Desmame natural X desmame conduzido
Quando falamos em desmamar, podemos optar pelo natural e o conduzido. O primeiro acontece quando ambos – mãe e bebê – vão cessando aos poucos, conforme necessidade e rotina de cada um. Já o conduzido pode contar com medicamentos para fazer o leite secar.
O desmame abrupto – feito de um dia para o outro – pode causar frustração e confusão no bebê, gerando até mesmo insegurança e problemas psicológicos.
Então, o mais importante de tudo é fazer o desmame sem pressa, mas com prazo final estipulado. Desse modo, a mãe e o bebê terão tempo para se adaptar à nova rotina, sem mudanças bruscas.
Escolhendo um novo local
Para estabelecer a nova rotina, escolha apenas um lugar para realizar a amamentação. Isso vai fazer com que o bebê não peça toda hora, em qualquer ambiente – por exemplo: se ele costuma brincar na sala, opte por dar o leite no quarto. Assim cada vez mais ele se irá se habituar à nova rotina e, cada vez menos, pedirá em outros lugares – inclusive fora de casa.
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Qual leite oferecer em vez do materno?
Hoje em dia há várias opções semelhantes ao leite materno, ricas em nutrientes e vitaminas, mas em pó. Consulte seu pediatra de confiança e decida qual é a melhor opção. Lembrando que o leite de vaca é proibido para crianças menores de 1 ano, pois além de conter muita gordura, os bebês podem apresentar alergia.
Determine a duração
No processo de desmamar, é importante estipular a duração. Isso ajuda o bebê a entender que isso não será feito a toda hora, conforme ele deseja, e sim quando a mamãe está disponível.
Associe esse ato a outro membro da família
A alimentação não pode ser apenas relacionada à figura da mãe. Por isso, é importante que o pai, irmãos, avós, etc, também façam parte da nova rotina e introduzam essas novas maneiras de alimentar o bebê. Isso vai trazer mais percepção à criança e desligar um pouco a mãe dessa função, que antes era exclusivamente dela.
De todo modo, é preciso paciência, pois isso não será feito de uma noite para a outra, e tudo bem. Vale ter em mente que é tudo novo para os dois, e ambos estão se adaptando a essa nova maneira de conexão e alimentação!
Não há modo certo e errado, há somente o que funciona para vocês dois e é isso que conta.
E com você? Como foi a questão do desmame? Compartilhe conosco nos comentários!