Tudo o que você precisa saber sobre Febre Amarela

Segundo o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde divulgado na última segunda-feira (20), já foram confirmadas 144 mortes de Febre Amarela e 448 casos da doença no país.

Durante esse período de surto da doença, que começou em dezembro do ano passado, é muito importante conhecer sobre esse mal que está assustando muitos no Brasil. Para te ajudar, preparamos um guia com 12 dúvidas mais comuns sobre a Febre Amarela. Confira:

1 – O que é a Febre Amarela?

 

A Febre Amarela é uma doença infecciosa e hemorrágica causada por um vírus da mesma família do Flaviviridae, responsável pela Dengue e pelo Zica vírus. A doença demanda cuidados, pois pode evoluir para um caso de maior gravidade em que há consideráveis chances de o paciente ser levado a óbito.

 

Seu nome se deve ao fato de, nos casos mais graves, deixar a pessoa com um amarelidão no corpo.

 

2 – Como a Febre Amarela é transmitida?

 

A doença é transmitida por dois tipos de mosquitos que podem se tornar o vetor do vírus ao picar uma pessoa ou um animal já infectado. Um destes mosquitos é o aedes aegypt.

 

Após contaminada, uma pessoa pode vir a ser novamente picada pelo mosquito e, assim, passar a doença adiante. É importante ressaltar que uma pessoa não consegue transmitir a doença diretamente para outra, sempre haverá um mosquito como transmissor intermediário. O mesmo ocorre com macacos. Eles não transmitem a doença entre si e nem para os seres humanos sem que haja um mosquito como vetor.

 

 

3 – Quais são os tipos de Febre Amarela?

 

É importante ressaltar que NÃO existem tipos diferentes de Febre Amarela. A doença é a mesma, o que muda é o transmissor. No caso da silvestre, o mosquito transmissor pode ser o Haemagogus janthinomys ou o Sabethes. Já na Febre Amarela urbana, o mosquito responsável pela transmissão é o Aedes aegypti, também responsável pelo vírus da Dengue, Zica vírus e Chikungunya.

 

Segundo o Ministério da Saúde, o surto de doença que está acontecendo no Brasil é a Febre Amarela silvestre. O último registro da urbana foi feito em 1942.

 

4 – Quais são os sintomas da Febre Amarela?

 

Os sintomas mais comuns da doença são:

 

– Dor de cabeça;

– Febre;

– Perda do apetite e vômito;

– Fraqueza;

– Rosto, língua e olhos avermelhados;

– Dores no corpo em geral.

 

Quando a Febre Amarela evolui para um caso mais grave, alguns sintomas são somados aos mais comuns. Lembrando-se que esses sintomas podem aparecer em até 48 horas:

 

– Febre alta;

– Hemorragia

– Urina escura;

– Icterícia (a pessoa fica com a coloração amarelada no branco dos olhos e na pele).

 

5 – Qual é o tempo de duração da doença?

 

Após infectado, os sintomas podem aparecer entre o período de três a seis dias. Se a doença não se desenvolver para um caso grave, em até 12 dias a pessoa já estará recuperada.

 

Entretanto, se a Febre Amarela evoluir para um quadro grave, os piores sintomas podem aparecer no período de apenas dois dias e, se não for tratada, pode levar a morte no período de sete a dez dias após o agravamento da doença.

 

6 – Qual é o melhor tratamento?

 

 

Não há um tratamento direcionado para a Febre Amarela, o que os médicos podem fazer é tratar os sintomas, para que o paciente se sinta o mais confortável o possível. No caso do agravamento da doença, os médicos responsáveis devem ficar em alerta para encaminhar o paciente para o melhor cuidado.

 

7 – Qual é o nível de gravidade da Febre Amarela?

 

Muitas pessoas já tiveram a doença e nem sabem, pois alguns casos podem ser assintomáticos e brandos. Já na versão sintomática, a Febre Amarela pode deixar resquícios por um longo período de tempo.  A dor no corpo, por exemplo, pode persistir.

 

O maior risco acontece com aqueles que evoluem para um caso de Febre Amarela grave. Segundo o Ministério da Saúde, 20% a 50% das pessoas que desenvolvem a doença com gravidade podem morrer. Por isso, é preciso atenção!

 

Ao perceber os sintomas, procure imediatamente um serviço de saúde. Após uma análise, o profissional será responsável por pedir o exame de sangue que irá confirmar, ou não, o diagnóstico.

8 – É possível evitar a Febre Amarela?

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação é melhor forma de prevenir o contágio. No caso da Febre Amarela urbana, uma forma mais prática de evitar a propagação da doença é o controle do mosquito Aedes aegypti.

 

9 – Quem pode se vacinar contra a Febre Amarela?

 

Veja neste quadro desenvolvido pelo Ministério da Saúde como é feito a distribuição das vacinas:

 

 

10 – E quem não pode?

 

A vacina é contraindicada para pessoas imunossuprimidas, gestantes, lactantes e com mais de 60 anos que nunca foram vacinadas (nesse caso, o médico deve considerar os riscos causados pela idade).

 

11 – Qual é a relação entre a Febre Amarela e os macacos?

 

Assim como nós, os macacos também podem desenvolver a Febre Amarela e, por isso, se tornarem os hospedeiros do vírus. Se um mosquito vetor da doença picar um macaco doente, este mosquito carrega o vírus e pode transmitir aos humanos e aos demais primatas.

 

Como já dissemos, o surto nacional de Febre Amarela é silvestre, ou seja, os vetores são os mosquitos Haemagogus janthinomys e Sabethes.

 

Apesar de serem hospedeiros, ao desenvolver a doença, o macaco contaminado vem a óbito poucos dias após o contágio. Por exemplo, com o surto, já foram encontrados mais de 1100 macacos mortos por Febre Amarela no Espírito Santo.

 

12 – Quais são as maiores áreas de risco no Brasil?

 

A contaminação começou no Estado de Minas Gerais, mas já se espalhou por Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro.

 

Para ajudar a descobrir onde estão os maiores focos, o Ministério da Saúde desenvolveu um mapa que indica quais os lugares no país com maior recomendação de vacinação:

 

 

A Febre Amarela não é um bicho de sete cabeças se cuidarmos direito da prevenção. Está em uma área de risco e não se vacinou? Vá ao Posto de Saúde mais próximo de sua casa e se informe sobre como funciona a distribuição das vacinas na sua cidade! Está com algum sintoma? Procure o seu médico e tenha o diagnóstico o mais rápido o possível.

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Resumo do Post

Sobre a Drª Clarice Abreu

Sou médica especialista em Cirurgia Plástica e Cirurgia Craniomaxilofacial, com formação nacional e internacional em Cirurgia Plástica Estética e Reparadora e em Cirurgia Plástica e Craniofacial Pediátrica. Estou comprometida com um atendimento diferenciado e humanizado, respeitando a individualidade de cada paciente e valorizando seus aspectos psicológicos, suas motivações e expectativas pessoais.

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