Também conhecida como “cabeça achatada”, a braquicefalia é uma condição que afeta o formato da cabeça do bebê, resultando em uma aparência achatada ou larga. É uma anomalia genética congênita que causa malformação do crânio ou craniofacial devido à junção prematura das suturas cranianas, que são responsáveis por unir as placas ósseas do crânio.
Essa condição faz parte de um grupo de anomalias conhecido como cranioestenose ou craniossinostoses e, com frequência, está associada a múltiplas síndromes genéticas e malformações presentes antes do nascimento.
Como saber se meu filho tem braquicefalia?
O sintoma mais evidente da Braquicefalia é o achatamento antero-posterior do crânio (cabeça achatada na frente e atrás). Vista de frente, a cabeça tem aparência mais larga, com proeminência lateral em ambos os lados. Vista de perfil, a cabeça é mais alta e achatada do que as cabeças normais. Uma testa proeminente pode ser um indicativo de braquicefalia, especialmente quando combinada com outros sinais, como orelhas desalinhadas ou outras assimetrias faciais.
Geralmente, o diagnóstico da braquicefalia é realizado logo após o nascimento, quando a equipe médica identifica visualmente os sintomas. Entretanto, se você notar algum desses sinais em seu filho, você deve consultar um profissional de saúde, como um neurologista pediátrico ou um cirurgião craniofacial, capacitados para realizar uma avaliação mais detalhada, fornecer um diagnóstico preciso e recomendar o tratamento adequado, se necessário. Você pode saber mais sobre a braquicefalia e seu diagnóstico no vídeo a seguir.
Tratamento da braquicefalia
Muitas mães perguntam sobre o uso do capacete ortopédico, que é uma órtose craniana, no tratamento da braquicefalia. Porém poucos são os casos de cranioestenoses que não exigem uma cirurgia craniofacial.
A cirurgia para corrigir a braquicefalia é geralmente realizada durante o primeiro ano de vida e tem como objetivo remodelar o crânio e a região orbitaria. O procedimento é considerado seguro e tem altas taxas de sucesso. O pós-operatório requer acompanhamento médico regular e pode envolver múltiplas consultas durante o primeiro ano após a cirurgia.
A braquicefalia é grave? Tem cura? Quais as possíveis consequências?
Em geral, a braquicefalia é considerada uma condição benigna e, com a cirurgia realizada nos primeiros meses de vida, a maioria dos casos melhora significativamente, e a aparência da cabeça da criança retorna ao normal ao longo do tempo.
Bebês ou crianças que não realizarem a cirurgia podem apresentar atrasos do desenvolvimento cognitivo, além de alterações visuais e deformidades cranianas severas, afetando, assim, seu modo de interagir com a sociedade, e até mesmo influenciar na sua personalidade.
É importante ressaltar que cada caso de braquicefalia é único, e o tratamento deve ser individualizado de acordo com as características e necessidades de cada paciente. Portanto, é essencial consultar um médico especialista, como um neurocirurgião pediátrico ou um cirurgião craniofacial, para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.